A Guitarra Portuguesa do Porto é a mais aproximada ao Sistre, antecessora da guitarra portuguesa, que apareceu na barra do Porto. È semelhante à de Lisboa, no entanto, tem uma caixa acústica de menor dimensão e uma "Voluta" terminando em cabeça humana de animal ou flor. A escola do Porto, fabricava Guitarras mais pequenas e foi perdendo adeptos por ter uma sonoridade menos forte. Estas Guitarras eram muito tocadas por senhoras que as trocaram pelo Piano e estão praticamente extinta, só se fabricam por encomenda.
Guitarras portuguesas
A Guitarra Portuguesa é um instrumento muito difundido em Portugal sendo o que mais se aproxima do sentimento Lusitano do povo português. Tudo leva a crer, ter sido um instrumento que entrou pela barra do rio Douro, aquando das trocas comerciais entre Portugal e a Inglaterra no séc. XVIII. O Cistre mais tarde conhecido por Guitarra Inglesa, entusiasmou músicos e construtores do Norte do País, até que António da Silva Leite, Mestre de Capela na Sé Catedral do Porto, nacionalizou este instrumento, chamando-lhe Guitarra Portuguesa.
Existem três tipos de Guitarra Portuguesa: a de Lisboa, a do Porto e a de Coimbra, com diferentes tradições de fabrico.
Guitarra de Coimbra
A forma da Guitarra Portuguesa de Coimbra é maior do que a de Lisboa. Tem uma caixa mais aguçada e a escala mais comprida ajustada ao tipo de “balada”. A sua afinação é diferente da de Lisboa, com um tom abaixo, Lá Sol Ré Lá Sol Dó, do agudo ao grave. É um cordofone com acordes, uma estrutura e colocação das cordas que caracteriza bastante a música de Coimbra. A sua voluta tem um motivo de forma oval, a lágrima.


Guitarra de Lisboa
É a mais pequena das três, com caixa baixa arredondada e é a que possui o som mais "brilhante". A Guitarra Portuguesa tem um timbre de tal modo inconfundível que, onde quer que esteja, qualquer português a reconhece aos primeiros acordes. É um instrumento musical carregado de simbolismo e, à mercê da sua longa aliança com o Fado, é conotado com o "modo de ser" português, onde destino e saudade, são palavras que naturalmente se associam ao trinado. A guitarra portuguesa é um cordofone, cuja caixa harmónica é periforme, constituído por seis pares de cordas com diversas afinações, mas a que realmente se enraizou foi a afinação de Fado, Si Lá Mi Si Lá Ré, a começar pelas cordas mais agudas. A técnica de tocar este tipo de cordofone baseia-se num dedilhar especial da mão direita, usando as unhas do dedo indicador e o polegar. Utiliza uma voluta em forma de caracol.
